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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Carqueja tem ação diurética

Baccharis trimera, Baccharis genistelloides, cacalia amara, carqueja amarga
Digestivo
Antidiarreico
Hipoglicemiante
carqueja é uma planta medicinal amplamente utilizada no Brasil, que exerce ação benéfica sobre o fígado e intestinos, auxiliando no tratamento de doenças digestivas em geral (gastrite e má digestão, distúrbios do fígado, vermífuga, antidiarreica, tônica, depurativa e hepatoprotetora); além disso, a carqueja exerce ação diurética, purificando e eliminando toxinas (utilizada em distúrbios dos rins e bexiga e no combate à gota e ao reumatismo) e hipoglicemiante (muito útil em casos de diabetes).
Experimentos pré-clínicos em camundongos demonstraram que o carquejol, um dos principios ativos da carqueja, apreseta baixa toxicidade.
A continuidade desses estudos realizada com cães tem demonstrado uma redução da pressão sanguínea (os flavonóides que lhe conferem ação diurética podem gerar um quadro de hipotensão arterial) e da amplitude do ritmo respiratório, observando-se inclusive uma redução de 5 a 10% no colesterol.
A administração do extrato de carqueja em ratas exerce ação abortiva, pelo que se recomenda não utilizar esse produto em mulheres grávidas.

INDICAÇÕES

Gastrite, azia, e má digestão
Cálculos biliares
Constipação (prisão de ventre)
Diabetes
Afecções gástricas e intestinais
Afecções hepáticas e biliares (icterícea, cálculos biliares)
Afecções das vias urinárias
Enfermidades do baço
Verminose
Coadjuvante em regimes de emagrecimento.

CONTRA-INDICAÇÕES e PRECAUÇÕES

Grávidas, lactantes e crianças não devem fazer uso do produto sem orientação médica.
Contra-indicado em pacientes com hipotensão arterial ou hipoglicemia

DOSAGEM USUAL

Carqueja Amarga Pó: 1.000 a 4.000mg por dia (ou a critério médico)
Fonte: www.pharmaspecial.com.br

Carqueja

Carqueja
Originária do Brasil, a carqueja, Baccharis trimera (Less.) DC. (ASTERACEAE) é uma das espécies integrantes do projeto "Produção, processamento e comercialização de ervas medicinais, condimentares e aromáticas", coordenado pela Embrapa Transferência de Tecnologia - Escritório de Negócios de Campinas (SP), a qual está sendo cultivada e multiplicada nas unidades demonstrativas da Embrapa Pantanal (Corumbá, MS), Embrapa Semi-Árido (Petrolina, PE) e nos Escritórios de Negócios de Dourados (MS), Canoinhas (SC) e Petrolina (PE). Esse projeto contempla também o treinamento de técnicos e a qualificação de pequenos agricultores e seus familiares na produção e manipulação de ervas, fundamentadas em boas práticas agrícolas.

DESCRIÇÃO BOTÂNICA

Arbusto ereto, ramificado, de altura variável, podendo atingir até 80 cm de altura; ramossem folhas, trialados, com alas membranáceas ou coriáceas, interrompidas alternadamente e de coloração verde clara; folhas bastante reduzidas e ovais; flores masculinas e femininas, amarelas e organizadas em capítulos terminais; fruto do tipo aquênio, linear e glabro e com papilho.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Óleo essencial com nopineno, carquejal, acetato de carquejilo e sesquiterpenos.

FORMAS DE PROPAGAÇÃO

Sementes e mudas produzidas por estaquia a partir de ramos.

CULTIVO

Espaçamento de 30 x30 cm entre plantas. Pode ser cultivada em regiões com até 800 metros de altitude. Adapta-se bem a vários tipos de solo, crescendo abundantemente em regiões de campos e pastagens em todo o País. Recomendase uma adubação com esterco de gado bem curtido, esterco de aves e composto orgânico, quando necessário.

COLHEITA E BENEFICIAMENTO

A colheita dos ramos deve ser realizada antes da floração, cortando-se a 10 cm da superfície do solo para permitir a rebrota. Não se recomenda ramos com mais de 7 mm de espessura para comercialização. Os ramos devem ser picados para facilitar a secagem.

REQUISITOS BÁSICOS PARA UMA PRODUÇÃO DE SUCESSO

Utilizar sementes e material propagativo de boa qualidade e de origem conhecida: com identidade botânica (nome científico) e bom estado fitossanitário.
O plantio deve ser realizado em solos livres de contaminações (metais pesados, resíduos químicos e coliformes).
Focar a produção em plantas adaptadas ao clima e solo da região.
É importante dimensionar a área de produção segundo a mão-de-obra disponível, uma vez que a atividade requer um trabalho intenso.
O cultivo deve ser preferencialmente orgânico: sem aplicação de agrotóxicos, com rotação de culturas, diversificação de espécies, adubação orgânica e verde, controle natural de pragas e doenças.
A água de irrigação deve ser limpa e de boa qualidade.
A qualidade do produto é dependente dos teores das subs tâncias de interes se, sendo fundamentais os cuidados no manejo e colheita das plantas, assim como no beneficiamento e armazenamento da matéria prima.
Além dos equipamentos de cultivo usuais, é necessária uma unidade de secagem e armazenamento adequada para o tipo de produção.
O mercado é bastante específico, sendo importante a integração entre produtor e comprador, evitando um número excessivo de intermediários, além da comercialização conjunta de vários agricultores, por meio de cooperativas ou grupos.

REFERÊNCIAS

CORRÊA JÚNIOR, C.; MING, L. C.; SCHEFFER, M. C. Cultivo de plantas medicinais, condimentares e aromáticas. 2 ed. Jaboticabal, SP: FUNEP,1994, 162p: il.
FERRI, M. G.; MENEZES, N. L. de; MONTEIRO-SCANAVACCA, W. R. Glossário Ilustrado de Botânica. 1 ed. São Paulo, SP: NOBEL, 1981, 197p, il.
LOW, T.; RODD, T.; BERESFORD, R. Segredos e virtudes das plantas medicinais: um guia com centenas de plantas nativas e exóticas e seus poderes curativos. Reader´s Digest Livros. Rio de janeiro, RJ. 1994, 416p. il.
PANIZZA, S. Plantas que curam. 28 ed. São Paulo, SP: IBRASA,1997, 279p. il.
SARTÓRIO, M. L.; TRINDADE, C.; RESENDE, P.; MACHADO, J. R. Cultivo de plantas medicinais. Viçosa, MG: Aprenda Fácil, 2000, 260p: il.
Fonte: www.campinas.snt.embrapa.br

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