Homens com disfunção erétil são duas vezes mais propensos a terem risco de um ataque cardíaco ou morte em comparação com aqueles que não eram impotentes, segundo estudo.
Referências
Um estudo internacional conduzido com 1.519 homens (842 com disfunção erétil e 677 sem) de 13 países, que possuíam alguma doença cardiovascular, descobriu que aqueles que tinham disfunção erétil eram duas vezes mais propensos a sofrerem ataque cardíaco em comparação com aqueles que não eram, levando em conta fatores de risco como o tabagismo e a hipertensão. O estudo foi realizado pelo Dr. Michael Böhm, da Universidade do Sarre, na Alemanha, e contou com a ajuda de vários pesquisadores.
O estudo foi apoiado financeiramente pela Boehringer-Ingelheim, fabricante da droga Telmisartan, e publicado em 2010 na revista médica Circulation. Os pesquisadores apontaram que a disfunção erétil pode ser um indicador de doença vascular futura, contudo, mais estudos serão necessários para decidir exatamente como integrar essa avaliação em testes atuais de riscos vasculares.
A disfunção erétil (DE) é um tipo de impotência sexual conhecida por ser mais comum em homens com fatores de risco vasculares e estreitamento das artérias. Os pesquisadores estavam interessados em saber se a presença da disfunção é um preditor de futuros ataques cardíacos ou derrames em homens com doenças vasculares.
Os pesquisadores descobriram que a impotência sexual foi preditiva de morte vascular e ataque cardíaco, no entanto a disfunção erétil não foi um preditor significativo de hospitalização por insuficiência cardíaca ou acidente vascular cerebral. Os pesquisadores concluíram que a impotência sexual é “altamente preditiva” de mortes por todas as causas de morte cardiovascular, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca.
Esses resultados confirmam outros estudos observacionais anteriores sobre a disfunção erétil e doenças cardíacas. No geral, foi apontado que a impotência sexual pode ser um indicador do aparecimento de uma futura doença vascular, contudo, mais pesquisas são necessárias para mensurar exatamente como a disfunção erétil influência no risco de doenças vasculares.
Algumas ressalvas são importantes. Os participantes do estudo foram agrupados de acordo com sua história de impotência, tornando este um estudo observacional, em vez de um ensaio clínico randomizado. Isso significa que ele é propenso aos vícios que ocorrem em estudos observacionais, embora os pesquisadores tenham levado isso em conta em suas análises. No início do estudo, houve diferenças entre os dois grupos em termos de número de homens com diabetes, pressão arterial alta ou que faziam uso de outras drogas. Isso pode ter contribuído para as diferenças de mortalidade, quando os homens com disfunção erétil são comparados com aqueles sem.
Também não está claro se os ajustamentos posteriores levaram totalmente em conta essas diferenças. O estudo também não investigou como a impotência sexual interage com outros principais preditores de risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (idade, tabagismo, pressão arterial alta, colesterol ou diabetes), o que iria melhorar a precisão da previsão dessas avaliações. Homens que já estavam no grupo de risco de eventos cardiovasculares participaram dos estudos. Seus resultados podem não ser representativos em comparação com outros homens que estavam em um grupo minimizado de risco de doenças vasculares.http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/impotencia-problemas-cardiacos.html
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